Sistema Solar em Movimento: a cultura maker como ferramenta para compreender a astronomia

Na E.M. Maria Domingas, o 4º A vivenciou uma experiência prática de aprendizagem que uniu Ciências, arte e cultura maker. A proposta foi compreender o movimento dos planetas no sistema solar a partir da construção de autômatos, maquetes que se movimentam com mecanismos simples de alavanca e manivela.

O ponto de partida foi o conceito de autômato — um objeto capaz de se mover de forma mecânica, reproduzindo movimentos observados no mundo real. A partir dessa introdução, a turma foi convidada a construir um modelo do sistema solar que representasse a órbita dos planetas ao redor do Sol, conectando teoria e prática.

Modelo do sistema solar construído pelos alunos do 4º A, com planetas feitos de papel colorido e espetos de madeira.

Com papel paraná, espetos de madeira, cola e fita adesiva, os alunos criaram as bases, os eixos e os discos que simbolizavam cada planeta. A cada etapa, testavam, ajustavam e aprimoravam o mecanismo, observando como pequenas alterações mudavam o movimento do conjunto. Esse processo de tentativa e erro possibilitou a vivência de um pensamento científico em ação — levantar hipóteses, experimentar, revisar estratégias e compreender causas e consequências de forma concreta.

Estudantes desenhando seus planetas antes da montagem do autômato.

A proposta foi além da construção manual: o objetivo era desenvolver raciocínio lógico, coordenação motora, criatividade e colaboração, pilares da aprendizagem criativa e do letramento digital. Em grupo, os estudantes trocaram ideias sobre como equilibrar o movimento, dividiram funções e resolveram desafios estruturais, exercitando a cooperação e o protagonismo.

Detalhe da ilustração do planeta Terra feita por um dos alunos.

Durante as apresentações, os grupos explicaram o funcionamento dos seus modelos e refletiram sobre o papel do Sol como centro gravitacional e fonte de energia. A observação das maquetes em movimento despertou questionamentos sobre rotação, translação e escala, ampliando o olhar das crianças sobre o conteúdo de astronomia.

Mais do que construir um objeto, os alunos apropriaram-se do conhecimento científico de maneira ativa e prazerosa. A cultura maker se consolidou como um caminho potente para o ensino de Ciências: ela aproxima o conteúdo da realidade dos estudantes, estimula a curiosidade e transforma a teoria em experiência concreta de aprendizagem.

MIA nas Escolas

Diário de bordo do projeto MIA nas Escolas.

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